Por Antonio Rodríguez*
Eu perguntei para o tempo
Quanto tempo o tempo tem
Para fazer o tempo passar
E manter o ponteiro a girar.
Por Antonio Rodríguez*
Eu perguntei para o tempo
Quanto tempo o tempo tem
Para fazer o tempo passar
E manter o ponteiro a girar.
Por Antonio Rodríguez*
A barbárie estampada
Em estampidos ressonantes.
Pretos em desespero
Suas vidas em risco
Por se recusarem a ser
A carne mais barata do mercado.
Por Antonio Rodríguez*
2021 chegou
Oficialmente
Em todos os Fusos Horários.
Não temos mais vestígios de 2020
E não conheço alguém
Que olhe para trás com saudades dele.
Sim, o Natal chegou.
Não, não é Abril mais.
O ano voou
E os dias trancados
Fizeram parecer que durou menos
Muito menos.
De tal forma
Que o espírito natalino
Ainda está sendo procurado.
Se o senhor entrar em casa
Saí no mínimo enxotado a tapas
Porque nem minha família veio.
180 mil famílias
Que reunidas ou não
Carecem de motivos para celebrar
E celebraremos o que?
Mais um Natal
Com um presidente que zomba os mortos?
É triste
É quase sádico encarar a realidade
Em um período vivido de irrealidades.
Mas ela está aí
Sobre todos nós
Cadê aquele abraço gostoso
Pelo qual você esperava o ano todo?
Até onde eu lembro
Google Meet não tem a função abraço
Whatsapp não tem a função cheiro
Zoom não tem o prazer do toque
Nenhuma tecnologia
Tem o que a gente precisava agora.
Um abraço de esperança.
Você tem como conseguir isso pra mim?”
Feliz Natal a todos, ou o mais próximo disso que nós conseguirmos.
Sozinhos em casa, amaldiçoando a família que se reuniu ou apenas com aquela pessoa especial, todos nós vamos refletir muito esse Natal. Sobre a vida ou sobre o que nos cerca, sobre o que realmente importa e sobre os abraços que nos faltam. Esse definitivamente é um nascimento de Jesus que marcará a nossa história (talvez não pelos mesmos motivos que a Igreja gostaria).
Por Antonio Rodríguez*
10 quadras?
100 metros?
20 minutos?
5000 quilômetros?
Longe pra caramba!
Perto demais!
Por Antonio Rodríguez*
As armas para enfrentar a morte
Parar de brincar com a sorte
Ver a liberdade cantar de novo
E enfim livrar do mal o povo
Estão prontas
Sendo aprovadas, importadas
É um sonho, quase realidade.